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domingo, 5 de setembro de 2010

Vida nova no Blog

Bom dia meus bons amigos. A partir de setembro, o blog passará por modificações que, espero, serão para melhor. Também tem início uma nova fase em minha vida. Minha caminhada como instrutor começa definitivamente. Um abraço a todos e sucesso.

domingo, 8 de agosto de 2010

O Retorno do Jedi

Boa noite bons amigos. Vamo ver se consigo manter uma constância. Minha vida anda meio conturbada. Hihihi. Um grande abraço e fiquem com Deus.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Copa do mundo

Olá, amigos. Bom, agora é oficial. Não seremos hexa antes de 2014. E, enquanto esperamos a Copa no Brasil, as notícias vão chegando.
O Governo abriu licitação para a construção do trem-bala e há muita conversa sobre as reformas de alguns estádios e a construção de outros. Isso sem falar em aeroportos, metrôs, hotelaria, e toda cadeia de serviços ligada a um evento da magnitude de uma Copa do Mundo.
O problema é que, por enquanto, tudo está na conversa. O grande receio é o de que, como quase tudo no Brasil, as obras fiquem para a última hora, o que facilitará, e muito, a possibilidade de desvio de recursos, a corrupção, as soluções mirabolantes, e muito mais.
Por isso, vou lançar mão aqui daquela frase "quem vigia os vigilantes?"

Inatividade

Olá, amigos. Estou meio ocupado. Por isso, esta pequena falta de atividade. Espero que as coisas melhorem logo para eu poder voltar a escrever. Um grande abraço a todos.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

E aí? Cadê a Carroça???

Origem da palavra CARROÇA

Antes do advento dos veículos a carvão ou movidos a outro combustível, a carroça era o meio de transporte mais utilizado para deslocamentos de carga pesada de um lugar a outro. Hoje em dia, já é pouco comum o uso de carroças no trânsito de grandes centros urbanos. As carroças são utilizadas mais freqüentemente no meio rural.

Definição presente no Aurélio

[Do it. carrozza.]. S. f. 1. Ant. Coche suntuoso. 2. Carro grosseiro, ordinariamente de tração animal, para transportar cargas; carreta. [Dim., nessas acepção: carrocim.]

sexta-feira, 4 de junho de 2010

O bêbado, o ônibus e a madrugada

Luís Cláudio Ragioto

Viajei pelas estradas do Paraná durante dota minha vida de professor. Principalmente pelo norte e noroeste do Paraná. Cheguei a percorrer, semanalmente, mais de mil quilômetros entre Maringá, Nova Esperança, Paranavaí, Campo Mourão e Umuarama. Apenas entre Maringá e Umuarama, foram 10 anos de viagem, mais de 25 quebra-molas e 150 km (apenas de ida) semanais. Uma pequena estatística: como professor, trabalho 200 dias letivos em média, pelo menos, por ano, o que totalizam 28,57 semanas. Como havia reuniões eventuais, vou arredondar para 30 semanas. Assim, percorri mais ou menos 90.000 km e 15.000 quebra-molas em um único trajeto. Se eu incluir os motéis de beira de estrada, os postos de gasolina a conta vai ficar gigantesca.

No começo, as viagens eram de ônibus até que eu comprei um fusca 72, verde, bonito, com um par de faróis de milha, o que fazia lembrar um herói da minha infância: o Besouro Verde. Durante as viagens, vi e ouvi muita coisa> Algumas, vou contar nessas linhas.

Pegava o ônibus toda madrugada, entre domingo e segunda, meia noite e dez. Bom, isso quando o latão (carinhosamente) não atrasava, pois vinha de Londrina. Minha poltrona era sempre a 31, pois eu conhecia todos os bilheteiros da empresa que fazia aquela linha. Não me lembro se a chuva era forte ou fraca, mas certamente chovia. Normalmente, o ônibus vinha bem vazio, mas naquele dia, havia muito mais gente que de costume.

Pensei que tinha sorte por ter minha passagem numerada. Só pensava em entrar, encontrar meu lugarzinho aconchegante e dormir O ônibus chegava às 3;40 da manhã em Umuarama e minhas aulas começavam às 7:15.

Quando o ônibus chegou, com apenas 10 minutos de atraso, fomos todos ocupando nossos lugares. Eu me lembro apenas de alguns: um homem gordo, bem vestido; uma mocinha, com pouco mais de 20 anos; duas senhoras de meia idade, e um homem que estava muito bêbado e falava bem alto.

O bêbado foi o último a entrar. Falando enrolado, olhou para o lugar vago a meu lado. Torci muito para que desistisse. Ele titubeou, disse alguma coisa no idioma embriagolês e dirigiu-se para o lugar vazio, ao lado da mocinha. Confesso que suspirei.

Ao contrário do que imaginava inicialmente, o cara dormiu rapidinho e cheguei a acreditar que a viagem seria tranquila, indolor, a não ser pela chuva, que agora caía torrencial.

Enfim, o ônibus partiu. Tirando o frio que entrava pelas janelas mal vedadas, e pela água que escorria (pelo lado de dentro de algumas), os solavancos provocados pelos buracos da rodovia. Tudo corria bem. Muitos, já em sono pesado, respiravam forte (uns até roncavam). Como disse, tudo corria bem, até que......

"Brrrruuuuuuuppppppp!!!!

Assustados, alguns, como eu, acordaram. O que foi isso? Pensei.

"Brrrruuuuuuuppppppp!!!! Dessa vez, mais prolongado.

O cheiro acabou denunciando.... O rapaz alcoolizado estava peidando terrivelmente alto. E, se fosse só o barulho......

Ei moço! Para com isso! Disse a moça, coitadinha, que era a primeira a ouvir (e a sentir) o peido do bacana!!. Como ele não acordava, empurrou o bêbado com força até que ele, meio zonzo, acordou.

Para de soltar pum assim! É nojento!! E sai daqui! Credo! E fez uma careta que me lembrou uma criança fazendo cara de nojo diante de um inocente brócolis cozido e pronto para ser devorado. Sem ter remédio, o homem resmungou algo, levantou-se e foi sentar-se no fundo do ônibus. Aquilo foi um alívio para a turma da frente, e terrível para a turma do fundão, que já tinha o banheiro por companhia.

Novamente, a calma tomou conta do ônibus. Apesar da chuva e da escuridão do ônibus, nós nos sentíamos protegidos e felizes por não ouvir mais os escandalosos peidos, sem sentir seu futuns. Era uma calmaria total, entrecortada pelos relâmpagos que teimavam em iluminar o ônibus, até que......

VEM CAPETAAA!!!!!

Sobressaltados, eu e os passageiros do ônibus olhamos assustados. O que fora aquilo???

VEM CAPETA!!!! EU DUVIDO QUE VOCÊ TEM CORAGEM!!!!

Mais um pouco e percebemos o que estava acontecendo. O bêbado estava de pé, no meio do ônibus, gritando, alucinado, chamando o danado.

Quando se aperceberam disso, as duas senhoras começaram a rezar freneticamente. A mocinha chorava copiosamente. Um homem grandão encolhia-se assustado. Duas crianças, surgidas do nada, começaram a gritar também. Foi um tumulto geral.

Os que não gritavam, choravam. Os que não choravam, Os que não gritavam nem choravam, rezavam. Eu até vi um cara que ria muito, num cantinho do ônibus. Eu, do alto dos meus 1,68 apenas olhava, quietinho.

Acreditar que o capeta viesse, eu não sei se acredeitava, mas também não duvidava. Afinal, quando a gente não conhece, é melhor não questionar.

Penso que isso durou os mais longos segundos de minha vida e só parou quando um cara, vestido de preto, levantou-se. Era magro e muito alto. Tão alto que ficou curvado dentro do ônibus. Ele pegou o rapaz pelo colarinho, olhou bem dentro dos olhos dele e disse que se não descesse na próxima parada, ele o jogaria para fora do ônibus. O bêbado até tentou questionar, mas a força sobrepujou a coragem e, murchinho, o bêbado sentou-se, calado, num lugar qualquer do ônibus.

Por sorte, o coletivo fez sua próxima parada. Poucos desceram. Entre eles estava o bêbado. Aliviados, todos, a seu modo, rezaram. Eu tenho até a impressão de que vi alguém indo para o banheiro todo urinado, mas não posso provar.

Como aquela era a penúltima parada, pensei que poderia agradecer ao nosso salvador assim que chegássemos ao nosso destino. Dormi sossegadamente o restante da viagem. Não tão sossegado assim, pois a cada som diferente, abria os olhos, assustado. Vai que o demo tinha vindo mesmo??

Bom, finalmente a viagem acabou e eu fui procurar nosso salvador. Estranhamente, ninguém o vira descer e, pela contagem do motorista, não havia ninguém com o biótipo que descrevemos. Como eram quase 5 horas da manhã e eu tivesse que trabalhar dali a duas horas, fui para o hotel em que nos hospedávamos sempre.

Ainda hoje, penso em tudo aquilo que havia acontecido naquela noite. Realmente, se existem anjos ou demônios eu não sei. Sei que nosso anjo nos salvou naquela madrugada em que o bêbado invocou o demônio.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

"Obrigado eu" é aceitável

Olá, caros amigos. Dia desses, fui questionado por um aluno sobre o uso de "obrigado eu". Respondi, sem demora, que o considerava incorreto e que, no lugar, um "eu que agradeço', ou um simples (e sincero sorriso já bastariam. Contudo, curioso, visitei a internet e uns livros para saber o que seria correto. Cheguei à terrível conclusão de que o "obrigado eu" é aceitável.

Assim, deixo a decisão do uso para vocês. Aqui vão algumas respostas e seus respectivos endereços para consulta na internet. Usem bem. Um abraço e sucesso.

Professor Ragioto.

Qual a forma correta: "Obrigado Eu" ou "Eu Que Agradeço"?

Publicado em: 24/08/2008 | Comentário: 11 | Acessos: 10,107

CARLOS ROGÉRIO LIMA DA MOTA

Você já notou que o “acerto” quase nunca é propalado com a mesma velocidade que o “erro”? Por que digo isso? Simples! Há poucos meses, sabe-se lá de quem foi a autoria, a frase “OBRIGADO EU” disparou na preferência popular, desbancando até mesmos os já clássicos “Nóis vai” e a “Gente fomos”.


Errar é humano, todavia, cometer o mesmo erro é perigoso, até porque, atrás de cada palavra há um indivíduo detentor de competências, ainda que às vezes, devido à qualidade do ensino público, essas mesmas competências estejam alicerçadas por frágeis conhecimentos. Assim, para os mais escolarizados, erros dessa natureza causam graça, piadinha de mau gosto, expondo os mais desprotegidos culturalmente ao constrangimento, ainda que velado, o que é pior.


Toda forma de discriminação lingüística é abominável, ainda, não se pode julgar a índole de um cidadão só porque ele cometeu uma gafe; mas não é o que acontece. Já tive notícias de que certas empresas de seleção testam justamente o candidato na hora do agradecimento, assim, ao pronunciar o tal “Obrigado EU”, toda sua prova pode ser desconsiderada e o emprego repassado ao candidato seguinte. Isso é crime? Se considerarmos a discriminação vernacular, sim; mas a dificuldade está em se provar essa discriminação, até porque, ela acontece, como já disse, na surdina, dentro de uma sala, trancada a sete chaves.


E aos críticos mais serenos, uma informação extra-oficial: o suposto erro também é cometido por profissionais de carreira, cujo salário os coloca no topo da pirâmide social, diferentemente do que afirma uma pequena parcela de gramáticos adeptos à filosofia do quanto mais pobre, pior.


Quer uma prova? Então vamos lá! Dias desses, em um grande banco estrangeiro de origem espanhola, a gerente, com o sorriso clareado à mostra, apertou minha mão e disse, pasmem, repetidamente: “Obrigado EU!”. Naquele momento, desculpem-me a franqueza, levantei, dei dois passos em direção à escadaria, retornando em seguida. Vendo-me de novo, a gerente perguntou: “Esqueceu algo, senhor Carlos?” Ainda que intimidado, aleguei que sim! Então, revirando os papéis de sua mesa antes mesmo que eu anunciasse o tal “objeto” motivador de meu retorno, perguntou-me: “O que seria? Por acaso o celular, o Rg, o CPF...?”


Com o sorriso tímido estampado à face, pedi para que ela se sentasse, foi quando, após inspirar profundamente, revelei o motivo de meu retorno: “Querida... desculpe-me a sinceridade, mas eu não esqueci nenhum objeto em sua mesa; pelo contrário, esqueci apenas de informá-la de que a expressão “OBRIGADO EU!” é incorreta, porque sendo o EU um pronome pessoal do caso reto, ele não deve aparecer em final de frases, mas apenas no início, em que desempenha o papel para o qual foi criado: praticar uma ação e não recebê-la, como aconteceu no modelo em epígrafe. O mais provável, ainda que estranho à sintaxe portuguesa, seria se utilizar da expressão “Obrigado MIM”, porque este pronome é quem recebe uma ação desencadeada pelo sujeito. Veja um exemplo clássico: “Este lápis é para mim?”


Visivelmente desnorteada, a moça pegou um lenço de papel e passou-o no rosto, limpando o suor, que lhe caía em abundância.. Ao invés dela pedir que eu procurasse minha “turma” – por que saber se é o Eu quem pratica uma ação e não O Mim?, solicitou que eu continuasse.


A expressão considerada mais adequada à situação seria: “EU QUE AGRADEÇO!”, ou simplesmente, remetendo-se às normas gramaticais alcaides, o popular “DE NADA!”


Levantei-me e, antes que ela pudesse dizer algo, fui-me embora; apesar de instruir uma pessoa - papel que me é delegado pelo meu cargo, senti-me constrangido, afinal, o que ela poderia ter pensado de mim? Talvez um excêntrico ou mesmo um tremendo idiota. Já em casa, algumas horas depois, abri o e-mail e, para minha surpresa, havia a seguinte notinha:

“Prezado senhor Carlos Mota, se o senhor não tivesse a coragem de me corrigir, quantos outros “Obrigados EU” eu poderia ter dito, por plena inocência? De certa forma, esse erro poderia pôr em risco o meu próprio cargo no banco, afinal, relaciono-me com clientes de toda natureza e falar errado torna-se um “motim”, em caso de uma suposta concorrência profissional interna. Como retribuição ao seu gesto, faço questão de dizer tantas vezes quanto forem necessárias: “EU QUE AGRADEÇO A SUA SINCERIDADE!”


Bem, amigos, como perceberam, é vivendo que se aprende.

http://www.artigonal.com/cotidiano-artigos/qual-a-forma-correta-obrigado-eu-ou-eu-que-agradeco-534549.html

http://recantodasletras.uol.com.br/teorialiteraria/1079960

Obrigado você / ou obrigado a você?


1)
Sempre é bom rememorar que, para se entender o regime da palavra obrigado, é importante observar o que se quer com ela dizer: a pessoa a quem se presta um favor, ao agradecer, diz que se sente obrigada a retribuí-lo.

2) Bem por isso, não importa a quem é manifestado o agradecimento; o que efetivamente interessa é a pessoa que o manifesta, pois é com ela que tal palavra concorda: assim, se é um homem que fala, diz ele muito obrigado; se mulher,muito obrigada; se vários são os homens, expressando-se, por exemplo, num discurso, por meio de orador, diz-se muito obrigados; se várias as mulheres, muito obrigadas.

3) Exatamente porque, em tais casos, obrigado é uma oração abreviada e significa Eu estou obrigado pelo favor que me fez”, é que, a um obrigado como esse, alguém pode replicar com outra forma abreviada e correta (Obrigado eu), com o exato sentido de Eu é que me sinto obrigado. E daí surgem as variações:

a) –“Obrigada eu” (se do feminino é quem fala);

b) –
“Obrigados nós” (se do masculino plural é quem fala);

c) –
“Obrigadas nós” (se do feminino plural é quem fala).

4) Querem alguns, todavia, que se deva dizer, em tal caso, “obrigado(a) você”, o que estaria sintetizando de modo adequado a oração completa “obrigado(a) estou eu em relação a você”. Tal, entretanto, não é a forma correta, pois, se esse é o sentido que se quer conferir ao texto, quem se sente obrigado continua sendo o “eu”, enquanto “você” há de ser o destinatário do agradecimento. Por isso, indispensável há de ser o emprego da preposição. E, assim, se há de dizer corretamente: “Obrigado(a) a você”.

5) E mais:se se pretender falar “Obrigado você” (ausente a preposição), o único sentido possível será: Você se sente obrigado. E tal conotação está fora de qualquer consideração no presente caso, porque não é o que se quer dizer.

http://www.migalhas.com.br/Gramatigalhas/10,MI7565,41046-Obrigado+voce+++ou+obrigado+a+voce

Como moro no Brasil, sou professor de Português, tenho explicações a acrescentar à consulente Nanci, Brasil, 3/2/00. Segue:

Veja o que diz o Aurélio no verbete "obrigado": Agradecido, grato, reconhecido: Fico-lhe muito obrigado pelo que me fez. [É largamente usado, nesta acepção, em construções elípticas, de certa natureza interjetiva: - Como vai? - Bem, obrigado; - Muito obrigada, meu querido; - Vamos bem, obrigados.]

Mulher diz obrigada; homem, obrigado. Quando o interlocutor fala: - Muito obrigado! O outro responde: "Obrigado, eu!" ou "Obrigado, você!" em vez de dizer: "Por nada!", "De nada!" ou ainda "Não há de quê". Isso está certo?

A expressão "Obrigado, eu!" ainda é explicável, porque ela é uma construção elíptica (resumida) de "Por nada! Obrigado, digo eu", ou seja, obrigado, eu. Se for mulher, obrigada, eu.

Já a expressão "Obrigado, você!" soa como grosseria, pois quem a falou confirma que o outro lhe deve mesmo um favor, isto é, confirma-lhe a obrigação.

"Obrigado(a), eu" é tolerável. "Obrigado(a), você" não deve ser usada.

Hélio Consolaro

http://www.ciberduvidas.com/pergunta.php?id=5401

Língua portuguesa, inculta e bela!

“Obrigado eu”
Tenho ouvido com muita freqüência nos últimos tempos, em respostas a agradecimentos, não mais o cerimonioso “não há de quê” de antigamente, mas o “obrigado eu” ou o “obrigada eu”. Parece estranho, soa diferente porque novidade na língua do povo. Daí muitas perguntas sobre se é correta essa forma de retribuir a um agradecimento.
O termo obrigado é o particípio do verbo “obrigar”, do latim obrigatus –a, particípio de obrigare (ob + ligare = ligado, amarrado, em volta de). Como expressão de agradecimento, é adjetivo, que sempre concorda com o substantivo. Um homem diz obrigado; uma mulher, obrigada. A concordância é sempre com a pessoa que agradece, isto é, do ser que se sente no dever de manifestar gratidão, que assume a obrigação de retribuir.
Não há muita diferença na maneira de "agradecer" nas línguas neolatinas. Os espanhóis dizem “gracias”, como na canção de Violeta Parra, no Brasil magnificamente interpretada por Elis Regina:
“Gracias a la vida, que me ha dado tanto. / Me dio dos luceros, que cuando los abro, / perfecto distingo lo negro del blanco, / y en el alto cielo su fondo estrellado,/y en las multitudes el hombre que yo amo”. Os italianos usam o termo “grazie” (daí o nome próprio Graziela, popularizado por um romance de Lamartine, publicado em 1848), e os franceses empregam o termo “merci”, derivado do latim mercede (recompensa, gratidão). Nossa Senhora das Mercês, mãe de Jesus, a quem socorremos em busca de benefícios celestiais.
A propósito, graça, do latim gracia, significa “mercê”, “benefício”; Ave Maria, gratia plena (cheia de graça), é a saudação do anjo Gabriel a Maria, concebida do Espírito Santo.
A forma de agradecimento usado na língua portuguesa - "obrigado" - nasceu do dever de que quem recebeu alguma coisa, seja favor ou benefício, agradecer, obrigando-se a retribuí-lo. Daí, as respostas de agora: Obrigado/a eu.
Essa pronomelização deve-se, talvez, a um acontecimento artístico: Caetano Veloso e Jorge Mautner, no decorrer de uma turnê divulgando um CD que gravaram (“Gosto de ficar na praia deitado / Com a cabeça no travesseiro de areia / Olhando coxas gostosas por todo lado / Das mais lindas garotas, também das mais feias /
Porque são todas gostosas e sereias /Pro meu olhar de supremo tarado”), estiveram no programa “Altas Horas, de Serginho Groissman, na Globo. Quando terminaram de cantar, foram ovacionados e Serginho repetiu, por várias vezes, sua reverência aos cantores: “obrigado!, obrigado!, obrigado!” Caetano respondeu, em seu nome e no do parceiro Mautner: “Obrigados nós”!”.
E a pronomelização do termo obrigado ingressou no falar corrente da juventude. Hoje já está migrando para o linguajar comum, do dia-a-dia, do povo em geral. Logo será dicionarizada.

Alcides Silva

http://www.jovemsulnews.com.br/user/index.php?origem=colunista&xxx=1&id=501&colunista=Alcides%20Silva

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Festa de Casamento

Festa de Casamento

Luís Cláudio Ragioto

Sou filho da Ditadura. Quando nasci, um mês antes do Ato Institucional número 5, o famoso AI5, o país atravessava um momento difícil. O Regime Militar limitava a liberdade das pessoas através da censura e de outros meios não tão legais como se fazia supor. Havia uma resistência, principalmente dos intelectuais e a música servia também como meio de manifestação social e crítica ao Governo. Era a época dos grandes festivais de música popular brasileira, da vitória na Copa do Mundo no México, e o mundo ficou maravilhado com aquela seleção que tinha, entre outros nomes, Pelé, Jairzinho, Gérson e Carlos Alberto. Mas este texto não vai falar desse período, mas sim de um episódio de minha infância, sobre o qual as lembranças já não parecem ser reais.

Filho de pessoas humildes e com numerosos parentes (meu pai tinha nove irmãos e minha mãe, 11), cresci alheio aos acontecimentos do mundo, vivendo em um mundo feliz sem grandes complicações.

Naquela época, as coisas eram bem mais difíceis e tomar um refrigerante era em ocasiões especiais. Um iogurte a gente só via quando ficava doente, e olha lá. Por isso, as festas de casamento, os batizados e velórios eram festejados. Nos casamentos, tínhamos a oportunidade de comermos pão com carne moída, uma verdadeira iguaria aos olhos de uma criança. Mas o momento mágico era quando podíamos tomar uma sodinha. Havia todo um ritual. Pegávamos a sodinha e logo alguém aparecia com um prego para furarmos a tampinha. Que delícia era sentir o gás entrando pelo nariz e descendo queimando a garganta!!! O engraçado era que ninguém pegava tétano.

E foi num acontecimento desses que conheci a história que vou contar para vocês. Juro que tudo é verdade, e que, no máximo, vou exagerar um pouquinho.

Era o dia do casamento do Tio Anjo (Ângelo, na verdade, o irmão caçula de meu pai). A gente comia aquele macarrão típico italiano, com muito molho e almôndegas suculentas, já que o casamento no civil tinha sido de manhã e só haveria o almoço.

Tudo corria bem até que alguém resolver abrir a caixa de pandora da família e liberar aquelas histórias que a gente tenta esconder as todo custo mas não adianta: tem sempre alguém que lembra.

Como disse, não sei quem, lembrou da época em que a Tia Merca (América para os íntimos) estava grávida e resolveu ter um daqueles desejos que só grávida tem. Bom, durante minha vida, vi todo tipo de histórias: teve a do cara que atravessou a cidade a pé com uma melancia nos braços; a do outro que saiu de madrugada (quando só os bares ficavam abertos) para comprar chocolate para a esposa, de moto, numa noite de inverno chuvosa e gelada e comprou o chocolate errado, mas a vontade da tia Merca nunca foi superada.

Bom, foi assim: Meu avô tinha uma cadela daquelas policiais. Eu explico. Pobre chama de cachorro policial aquele que é grande, peludo, preto e tem tanta mistura que só se sabe que é um cachorro, raça mesmo, não tem. O nome dela era Diana. E ela era brava feito o cão (com o perdão do trocadilho!). Ninguém chegava perto da cadela, a não ser o Tio Miro (Valdomiro, de nascimento), que era quem a alimentava. Nem meu avô conseguia fazer isso.

Num belo dia de verão (adorei essa sentença), a cachorra escapoliu da corrente e voltou no final da tarde, toda machucada e com a parte inferior da mandíbula inchada, depois de sua curiosidade canina tê-la feito morder uma colmeia de abelhas que havia caído de uma árvore que ficava no quintal de minha avó. Como ela era negra como a noite, ficou com uns beiços gigantes e brilhosos. E mais cachorra do que nunca.

A Tia Merca, como ia dizendo, teve uma vontade de grávida.... Cismou de morder a boca dela (assim mesmo, um cacófato). Em vão, os irmãos e minha avó tentaram fazer com que desistisse dessa ideia, mas nada deu resultado.

Então, pensou-se o impensável e um plano foi arquitetado: os cinco irmãos iriam segurar a cachorra para que minha tia mordesse aqueles suculentos beiços inchados. Dirigiram-se contra aquele animal assustado, acorrentado e confuso. Pela frente, o Tio Miro. Pelos lados, o Tio Anjo (Ângelo) e meu pai, o Nego (Osmar) e, por trás, o Tio Kilau (o Claudomiro). O Tio Dema tinha que trabalhar naquele dia e por isso não estava. O marido da Tia Merca, o Tio Romeu (Romeu mesmo: esse não tinha apelido), disse que não tinha nada a ver com isso e ficou sentado na soleira da porta, ao lado de uma cerveja e com um cigarrinho na boca, rindo de tudo aquilo. A favorecida, a Tia Merca, ansiosa, dava ordens para todo mundo ao mesmo tempo.

Tudo corria bem. Todos executando muito bem sua tarefas, mas Diana, do alto de sua sabedoria canina, resolveu perverter a ordem das coisas e questionar os poderosos. Num acesso de raiva e ferocidade inesperada (pelo menos para os humanos ali presentes), ela rompeu a corrente que a segurava e disparou contra seus agressores. Foi uma loucura. Imagine quatro homens enormes e uma cachorra, todos tentando cuidar de seu bem-estar. Na frente, o Tio Kilau correndo e desviando sua bunda das dentadas da cadela. O meu pai, fugindo para o outro lado, não viu o Tio Anjo parado, com a expressão catatônica, e o atropelou. Calculo que ele deve ter sido jogado a uns três metros de distância, caindo de costas sobre o chão batido de terra do quintal da casa da Vó Ana.

Pega ela Nego, gritava a Tia Merca. O tio Romeu, dando gargalhadas, nem lembrada a sua cerveja e as outras mulheres todas reclamando do poeirão que a correria dos homens levantava.

Isso tudo durou algum tempo até que, cansada, exausta e conformada com a sua situação de evidente inferioridade mental, afinal, o que tem demais uma mordidinha no beiço, Diana desistiu de correr e se entregou. Foi agarrada e levada á força para seu carrasco. A Tia Merca, babando, olhou aqueles beiços deliciosos e tascou-lhe uma dentada. Todos ouviram o gemido surdo, graças à boca fechada à força. Ouvindo os homens contando o evento durante o almoço, tive a impressão de que aquela cena durou muitos dolorosos.

Passada a vontade, minha tia abandonou a boca de Diana e os homens a soltaram. Quando se viu livre, a indefesa cachorra desapareceu através do pomar. Anjo, Miro e meu pai finalmente descansaram.

Tudo voltou à normalidade até que perceberam que um dos irmãos não estava presente. Durante dois dias, procuraram o tio Kilau por todos os lados e nada. Finalmente, no finalzinho da tarde, ele apareceu. Estava todo arranhado, machucado, com a roupa rasgada. Sobre o que aconteceu, ele não disse nada. Mas o mais estranho de tudo é que ninguém entendeu o que acontecera com uma paineira que apareceu com os galhos quebrados e toda cheia de marcas.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Contos Noturnos I

Quando esta história aconteceu, ainda não havia J.K.Rolling e seu famoso Harry Potter. Tão pouco, George Lucas havia filmado o final da trilogia de Star Wars que, aliás, contava o início da saga. Coisa de americano. Era uma época em que os celulares ainda não haviam se popularizado e eram muito caros. O ano, 1997. Tinha um Corsa lindo, 1995, completo. Era roxo. Lindo. Sinto saudade dele.

Bom, tudo começou quando percebi que faltava uma peça de acabamento do carro, que cobrem os parafusos. Estava em viagem. Quando voltei, do fui à concessionária comprar a peça.

— Infelizmente, não temos esta peça em estoque e nem há previsão de pedidos. Mas o senhor pode falar com o chefe da oficina. Quem sabe ele tem algum carro sinistrado e possa dar algumas para o senhor.

Fui à oficina falar com o José (todos os nomes são fictícios) e ele prontamente me encaminhou a um carro vermelho, com sinais de batida grave. Entrou no carro e retirou duas tampas de parafuso - as peças que precisava. Quando dizem que a curiosidade matou o gato.... Foi aí que perguntei o que houve com o carro.

— Uma tragédia! As duas moças que estavam morreram no acidente! Uma pena mesmo!!

Eu, sem saber o que fazer, fiquei segurando aquelas pecinhas e olhando meu amigo José. Depois de alguns segundos, decidi levar as tampinhas para casa. Assim que cheguei, joguei-as na gaveta e procurei não pensar nelas. Mas meu perfeccionismo falou mais alto. Duas semanas andando e olhando aquele parafuso descoberto foram suficientes para abandonar medos e superstições e colocar a tampa em seu lugar.

A primeira viagem foi a prova de fogo: andei mais devagar e não fiz nenhuma ultrapassagem perigosa. Como nada aconteceu, passei a viver normalmente e esqueci completamente a origem daquelas pecinhas. Uma noite, entretanto.....

Voltava para casa depois de mais um dia de trabalho. Como trabalhava fora da cidade, enfrentava, uma vez por semana, quase 400 km de rodovia, primeiro pela manhã e depois à noite, quando voltava. Em dez anos fazendo isso, descobri que teria ido à Lua, se a viagem fosse no espaço. Voltemos ao nosso texto.

Como dizia, voltava para casa. Estava cansado e, como de costume, trazia comigo uma professora, muito simpática, chamada Norma. Ela falava tanto quanto eu. Então, é possível imaginar que nossas viagens eram nada silenciosas.

Era uma noite estranha. Não havia estrelas no céu, como se tudo fosse absolutamente negro. Não havia vento e, apesar de ser época de safra, o trânsito estava calmo demais. Nenhum carro nos passava fazia algum tempo, e não havia carros ou caminhões na rodovia.

Estranhamente, o carro estava lento, como se estivesse bem pesado. O ponteiro raramente passava de 80, apesar da potência d carro ser razoável. Aquilo me assustava, mas não disse nada para não assustar minha companheira de viagem.

De repente, em uma das curvas, as luzes do carro iluminaram uma placa que marcava a entrada de uma propriedade. Eu a conhecia bem, afinal, passava ali toda semana, invariavelmente. A placa, apesar de não estar ventando, balançava freneticamente. Norma, que falava comigo como era de costume, nem reparou.

Eu, até aquele momento, só sentia algo estranho. O que aconteceu depois é que vou contar agora. Confesso que foi aterrador.

Aprendi, nos anos de estrada, a olhar os três retrovisores do carro toda vez. Automaticamente, olhava o da direita, o da esquerda e o do centro, periodicamente. Direita, esquerda, centro. Direita, esquerda, centro. Frases de Norma. Direita, esquerda, centro. Direita. Esquerda. Centro. Meu Deus!!!!

Devo ter dito isso. Se não disse, perdi uma ótima oportunidade. O que vi, é muito difícil de descrever. Vou tentar.

No tradicional movimento direita, esquerda, centro, vi um rosto lívido no banco traseiro. Era uma jovem com aproximadamente 30 anos, olhos neutros, rosto sério, mas sem ser fechado. Ela olhava placidamente para mim. Não era um olhar frio, mas não era vivo. Era apenas um olhar. Meu coração foi a mil. Comecei a suar frio. Que é isso? Você tem 30 anos e está vendo coisas? Eu me acalmei e voltei aos movimentos. Direita, esquerda e..... Lá estava ela. Plácida. Serena. Única. Comecei a sentir a boca seca. Mesmo assim, tentei me controlar. Isso é impossível! Só acontece em filme de terror. Na rodovia, nenhuma viva alma. No céu, nenhuma estrela. Nem o vento estava lá. Estávamos sozinhos naquele mar de escuridão e desespero.

Olhei de novo. Ela me encarava. O que queria? Por que não falava? Estávamos mortos e não sabíamos? Muitas perguntas eu fiz. Nenhuma resposta ela me deu. Fiz então, o que podia: rezei. Rezei como nunca. Rezei desesperadamente e silenciosamente. Um Pai Nosso atrás do outro. Nenhum carro na rodovia. Nenhuma luz no céu. Nenhum vento. Só nós três.

Norma percebeu minha agonia.

— O que está acontecendo? Perguntou.

— Por favor, alcance o Novo Testamento que está no porta-luvas, abra em qualquer página e leia, por favor.

Sem questionar, ela fez o que pedi. Enquanto lia, continuava a rezar. Foram 200, 300 Aves-Marias e um sem número de Pais-Nossos. Ela continuava lá. Quase em desespero, quis parar o carro, conversar com ela. Saber, afinal o que queria.

De repente, os galhos e as folhas das árvores se mexeram. Vi estrelas no céu. Um caminhão. Alguém nos ultrapassando. O velocímetro do carro subindo a 110 km/h. Olhei para trás. Ela não estava mais. Com alívio, pedi a Norma que parasse.

Finalmente uma cidade, pensei quando vi as luzes se aproximando. Norma, finalmente, criou coragem.

— Pode me contar o que aconteceu?

Então, mais calmo, narrei todos os acontecimentos, desde o princípio.

A viagem caminhou tranquilamente e foi bem rápida. Deixei minha companheira de viagem em sua casa e fui para a minha. Quando cheguei, beijei minha esposa e meus filhos e dormi o sono dos anjos.

Mas uma coisa tenho que contar. Se soubesse que aquilo aconteceria, teria feito antes: Norma, depois de saber o motivo de eu pedir que lesse o Evangelho, fixou-se no banco do carro, imóvel, braços cruzados e incrivelmente calada. Percebi que tinha vontade de olhar para trás, mas o medo de ver a paralisou. Foi o resto de viagem mais tranquilo e silencioso de todas as que fiz naquele ano.

Quanto à mulher, nunca mais tive sua companhia. Só lamento que jamais tenha sabido o motivo.

domingo, 21 de março de 2010

Agonia

Agonia

Luís Cláudio Ragioto

Não havia medo em seus olhos. Apenas esperava. Muitas coisas passavam pela sua cabeça. Glória, onde estaria agora? Que diabos acontecera com o carro pela manhã? Não possuía as respostas. Olhou o relógio. 3 e 30. O que estava acontecendo? De relance, parecia-lhe que os mosaicos na parede preta e branca, como um tabuleiro, deslocavam-se devagar. Olhou o relógio. Engraçado, podia jurar que era mais tarde... Caras, caras e mais caras. Não via vejas ou exames, apenas caras na estante de madeira escura e velha. Os pequenos gnomos, três, olhavam-no. Teve a impressão de que riam dele. Bobagem. Você tem 30 anos e agora deu para ilusões? Riu. Olhou de novo. Os dois gnomos estavam lá. Olhando para ele e rindo dele. Agora ficou cego? A sensação provocada pela dor lancinante o incomodava. Reparou um pequeno cordão que se estendia da estante até o chão. Esse cordão não estava aí, pensou. Batimentos acelerados, sentou-se melhor na cadeira. Respirou. O gnomo olhava fixamente para ele, e seu riso cruel começou a afligi-lo. Em plena luz do dia, eu, tendo alucinações! Neste momento, sentiu um fisgada no pé esquerdo. Olhou assustado e recolheu o pé. Não viu nada. Não. Havia visto algo sim. Muito rápido. Mas vira. Pôs o pé no chão novamente e, se não estivesse acordado, poderia jurar que na estante havia estatuetas de gnomos. Outra fisgada, agora seguida pela terrível sensação de que alguma coisa subia-lhe pela perna. Ouvia vozes e gargalhadas, muito sutis. Um medo apossou-se dele. Eram os gnomos! Outra fisgada, agora na coxa. Não poderia ser uma ilusão. Elas não doem! A respiração ofegante, acompanhada pela agonia da imobilidade (ficava assim quando tinha medo), tomaram conta daquele robusto homem. Viu, então, o sorriso cruel e uma agulha. Eram os gnomos, prestes e perfurar-lhe as coisas (o horário me impede de ser mais preciso),e então fez a única coisa que pôde, quando a agulha fez seu trabalho: gritou!

— Senhor, é a sua vez. O dentista o aguarda.

Disfarçadamente, olhou para a estante. Os gnomos estavam lá. Com alívio, também viu que suas coisas estavam ali.

Minha primeira postagem

Pois é. Finalmente, aderi ao mundo virtual dos blogs. Talvez porque eu, como migrante virtual, devesse fazer isso, talvez apenas para ocupar meu tempo. O fato é que aqui encontrará um pouco de mim, um pouco sobre mim e minha opinião sobre diversos assuntos. Sejam bem vindos.