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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

minuta do curso de comunicação empresarial - FCV

Bom dia meninos. Assim que aprender como inserir links, posto a minuta do curso aqui. Um abraço 

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

A Gota e a Lágrima

Olá amigos. Espero que gostem.


A gota e a lágrima
Luís Cláudio Ragioto

A gota e a lágrima
São parecidas.
Quando vêm,
É impossível contê-las.
Algumas são suaves
E duram uma eternidade.
Outras são breves e intensas.
Há as imperceptíveis
Até que nos molham por completo.
Existem aquelas que entram e nosso sapato
Furado pelo tempo de uso.

A lágrima
Tem gosto de mar
Tem gosto de sal
Tem gosto de fel
Tem gosto de biscoito passatempo.
Nasce do coração e brota no olhar
Lava nossa alma
Às vezes vem na solidão
Na multidão
Na noite mais escura
Na claridade do dia
Na alvorada
No crepúsculo.

A gota
Tem gosto de nada
Tem gosto de tudo
Nasce no céu
Brota da flor
Molha a terra
Ajuda a fecundá-la
Traz esperança
Às vezes dor
Saudade
Sofrimento
Alegria
Alegria
Alegria.

A gota e a lágrima
Ambas me trazem você.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Sobre o BBB

Quando George Orwell escreveu o livro 1984, imaginando um sociedade que fosse constantemente vigiada pelo Big Brother, duvido que ele tenha sequer imaginado que um dia isso seria possível. Pois é. No Brasil, já estamos na décima segunda edição. Tirando peitos, bundas, sarads e mentalmente afetados, não é sobre a programação global nem sobre os mostrinhos que nasceram em outras emissoras.  Quero falar aqui do alcance da mídia que elevou o pensamento do pão e circo romanos à categoria de evento universal.
Aonde quero chegar? Bom, ao efeito sensacionalista da mídia sobre qualquer assunto e sua capacidade de tornar o particular um evento para voyeur algum reclamar.
A bola da vez é o julgamento de um cara aí que sequestrou e matou a namorada e, de lambujem, deixou cicatrizes (físicas) no corpo da amiga, e emocionais nos familiares e amigos da menina.
Afinal, o Brasil todo tem interesse em saber a quantos anos o rapaz será condenado, as estratégias da defesa e da promotoria, as lágrimas dos familiares, enfim, tudo isso.
Qual a vantagem desse cas em relação ao BBBBBBBBBBBBB?? Ele é de graça, pois não custa 31 centavos mais impostos e com certeza alguém vai sair ferrado quando isso tudo acabar. Um abraço amigos. 

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Confusão

Oi Meninos. mais uma vez estou aqui tentando recomeçar. Tudo é muito difícil. Nem tem como dizer exatamente o que sinto. A única certeza que tenho é que a falta dela é gigantesca. Contudo, como só nos filmes as coisas terminam com um passe de mágica, estamos aqui para continuar. Que Deus abençoe, Regina, meu grande amor e lhe dê um cantinho todo especial no céu. Saudades meu amor.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Re-postagem II, a missão

Oi Meninos. Continuando a missão de reavivamento do blog, aqui vai mais um texto. Espero que se divirtam. Beijos e abraços e que Deus os abençoe.
Agonia

Luís Cláudio Ragioto

Não havia medo em seus olhos. Apenas esperava. Muitas coisas passavam pela sua cabeça. Glória, onde estaria agora? Que diabos acontecera com o carro pela manhã? Não possuía as respostas. Olhou o relógio. 3 e 30. O que estava acontecendo? De relance, parecia-lhe que os mosaicos na parede preta e branca, como um tabuleiro, deslocavam-se devagar. Olhou o relógio. Engraçado, podia jurar que era mais tarde... Caras, caras e mais caras. Não via vejas ou exames, apenas caras na estante de madeira escura e velha. Os pequenos gnomos, três, olhavam-no. Teve a impressão de que riam dele. Bobagem. Você tem 30 anos e agora deu para ilusões? Riu. Olhou de novo. Os dois gnomos estavam lá. Olhando para ele e rindo dele. Agora ficou cego? A sensação provocada pela dor lancinante o incomodava. Reparou um pequeno cordão que se estendia da estante até o chão. Esse cordão não estava aí, pensou. Batimentos acelerados, sentou-se melhor na cadeira. Respirou. O gnomo olhava fixamente para ele, e seu riso cruel começou a afligi-lo. Em plena luz do dia, eu, tendo alucinações! Neste momento, sentiu um fisgada no pé esquerdo. Olhou assustado e recolheu o pé. Não viu nada. Não. Havia visto algo sim. Muito rápido. Mas vira. Pôs o pé no chão novamente e, se não estivesse acordado, poderia jurar que na estante havia estatuetas de gnomos. Outra fisgada, agora seguida pela terrível sensação de que alguma coisa subia-lhe pela perna. Ouvia vozes e gargalhadas, muito sutis. Um medo apossou-se dele. Eram os gnomos! Outra fisgada, agora na coxa. Não poderia ser uma ilusão. Elas não doem! A respiração ofegante, acompanhada pela agonia da imobilidade (ficava assim quando tinha medo), tomaram conta daquele robusto homem. Viu, então, o sorriso cruel e uma agulha. Eram os gnomos, prestes e perfurar-lhe as coisas (o horário me impede de ser mais preciso),e então fez a única coisa que pôde, quando a agulha fez seu trabalho: gritou!

— Senhor, é a sua vez. O dentista o aguarda.

Disfarçadamente, olhou para a estante. Os gnomos estavam lá. Com alívio, também viu que suas coisas estavam ali.