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segunda-feira, 14 de junho de 2010

E aí? Cadê a Carroça???

Origem da palavra CARROÇA

Antes do advento dos veículos a carvão ou movidos a outro combustível, a carroça era o meio de transporte mais utilizado para deslocamentos de carga pesada de um lugar a outro. Hoje em dia, já é pouco comum o uso de carroças no trânsito de grandes centros urbanos. As carroças são utilizadas mais freqüentemente no meio rural.

Definição presente no Aurélio

[Do it. carrozza.]. S. f. 1. Ant. Coche suntuoso. 2. Carro grosseiro, ordinariamente de tração animal, para transportar cargas; carreta. [Dim., nessas acepção: carrocim.]

sexta-feira, 4 de junho de 2010

O bêbado, o ônibus e a madrugada

Luís Cláudio Ragioto

Viajei pelas estradas do Paraná durante dota minha vida de professor. Principalmente pelo norte e noroeste do Paraná. Cheguei a percorrer, semanalmente, mais de mil quilômetros entre Maringá, Nova Esperança, Paranavaí, Campo Mourão e Umuarama. Apenas entre Maringá e Umuarama, foram 10 anos de viagem, mais de 25 quebra-molas e 150 km (apenas de ida) semanais. Uma pequena estatística: como professor, trabalho 200 dias letivos em média, pelo menos, por ano, o que totalizam 28,57 semanas. Como havia reuniões eventuais, vou arredondar para 30 semanas. Assim, percorri mais ou menos 90.000 km e 15.000 quebra-molas em um único trajeto. Se eu incluir os motéis de beira de estrada, os postos de gasolina a conta vai ficar gigantesca.

No começo, as viagens eram de ônibus até que eu comprei um fusca 72, verde, bonito, com um par de faróis de milha, o que fazia lembrar um herói da minha infância: o Besouro Verde. Durante as viagens, vi e ouvi muita coisa> Algumas, vou contar nessas linhas.

Pegava o ônibus toda madrugada, entre domingo e segunda, meia noite e dez. Bom, isso quando o latão (carinhosamente) não atrasava, pois vinha de Londrina. Minha poltrona era sempre a 31, pois eu conhecia todos os bilheteiros da empresa que fazia aquela linha. Não me lembro se a chuva era forte ou fraca, mas certamente chovia. Normalmente, o ônibus vinha bem vazio, mas naquele dia, havia muito mais gente que de costume.

Pensei que tinha sorte por ter minha passagem numerada. Só pensava em entrar, encontrar meu lugarzinho aconchegante e dormir O ônibus chegava às 3;40 da manhã em Umuarama e minhas aulas começavam às 7:15.

Quando o ônibus chegou, com apenas 10 minutos de atraso, fomos todos ocupando nossos lugares. Eu me lembro apenas de alguns: um homem gordo, bem vestido; uma mocinha, com pouco mais de 20 anos; duas senhoras de meia idade, e um homem que estava muito bêbado e falava bem alto.

O bêbado foi o último a entrar. Falando enrolado, olhou para o lugar vago a meu lado. Torci muito para que desistisse. Ele titubeou, disse alguma coisa no idioma embriagolês e dirigiu-se para o lugar vazio, ao lado da mocinha. Confesso que suspirei.

Ao contrário do que imaginava inicialmente, o cara dormiu rapidinho e cheguei a acreditar que a viagem seria tranquila, indolor, a não ser pela chuva, que agora caía torrencial.

Enfim, o ônibus partiu. Tirando o frio que entrava pelas janelas mal vedadas, e pela água que escorria (pelo lado de dentro de algumas), os solavancos provocados pelos buracos da rodovia. Tudo corria bem. Muitos, já em sono pesado, respiravam forte (uns até roncavam). Como disse, tudo corria bem, até que......

"Brrrruuuuuuuppppppp!!!!

Assustados, alguns, como eu, acordaram. O que foi isso? Pensei.

"Brrrruuuuuuuppppppp!!!! Dessa vez, mais prolongado.

O cheiro acabou denunciando.... O rapaz alcoolizado estava peidando terrivelmente alto. E, se fosse só o barulho......

Ei moço! Para com isso! Disse a moça, coitadinha, que era a primeira a ouvir (e a sentir) o peido do bacana!!. Como ele não acordava, empurrou o bêbado com força até que ele, meio zonzo, acordou.

Para de soltar pum assim! É nojento!! E sai daqui! Credo! E fez uma careta que me lembrou uma criança fazendo cara de nojo diante de um inocente brócolis cozido e pronto para ser devorado. Sem ter remédio, o homem resmungou algo, levantou-se e foi sentar-se no fundo do ônibus. Aquilo foi um alívio para a turma da frente, e terrível para a turma do fundão, que já tinha o banheiro por companhia.

Novamente, a calma tomou conta do ônibus. Apesar da chuva e da escuridão do ônibus, nós nos sentíamos protegidos e felizes por não ouvir mais os escandalosos peidos, sem sentir seu futuns. Era uma calmaria total, entrecortada pelos relâmpagos que teimavam em iluminar o ônibus, até que......

VEM CAPETAAA!!!!!

Sobressaltados, eu e os passageiros do ônibus olhamos assustados. O que fora aquilo???

VEM CAPETA!!!! EU DUVIDO QUE VOCÊ TEM CORAGEM!!!!

Mais um pouco e percebemos o que estava acontecendo. O bêbado estava de pé, no meio do ônibus, gritando, alucinado, chamando o danado.

Quando se aperceberam disso, as duas senhoras começaram a rezar freneticamente. A mocinha chorava copiosamente. Um homem grandão encolhia-se assustado. Duas crianças, surgidas do nada, começaram a gritar também. Foi um tumulto geral.

Os que não gritavam, choravam. Os que não choravam, Os que não gritavam nem choravam, rezavam. Eu até vi um cara que ria muito, num cantinho do ônibus. Eu, do alto dos meus 1,68 apenas olhava, quietinho.

Acreditar que o capeta viesse, eu não sei se acredeitava, mas também não duvidava. Afinal, quando a gente não conhece, é melhor não questionar.

Penso que isso durou os mais longos segundos de minha vida e só parou quando um cara, vestido de preto, levantou-se. Era magro e muito alto. Tão alto que ficou curvado dentro do ônibus. Ele pegou o rapaz pelo colarinho, olhou bem dentro dos olhos dele e disse que se não descesse na próxima parada, ele o jogaria para fora do ônibus. O bêbado até tentou questionar, mas a força sobrepujou a coragem e, murchinho, o bêbado sentou-se, calado, num lugar qualquer do ônibus.

Por sorte, o coletivo fez sua próxima parada. Poucos desceram. Entre eles estava o bêbado. Aliviados, todos, a seu modo, rezaram. Eu tenho até a impressão de que vi alguém indo para o banheiro todo urinado, mas não posso provar.

Como aquela era a penúltima parada, pensei que poderia agradecer ao nosso salvador assim que chegássemos ao nosso destino. Dormi sossegadamente o restante da viagem. Não tão sossegado assim, pois a cada som diferente, abria os olhos, assustado. Vai que o demo tinha vindo mesmo??

Bom, finalmente a viagem acabou e eu fui procurar nosso salvador. Estranhamente, ninguém o vira descer e, pela contagem do motorista, não havia ninguém com o biótipo que descrevemos. Como eram quase 5 horas da manhã e eu tivesse que trabalhar dali a duas horas, fui para o hotel em que nos hospedávamos sempre.

Ainda hoje, penso em tudo aquilo que havia acontecido naquela noite. Realmente, se existem anjos ou demônios eu não sei. Sei que nosso anjo nos salvou naquela madrugada em que o bêbado invocou o demônio.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

"Obrigado eu" é aceitável

Olá, caros amigos. Dia desses, fui questionado por um aluno sobre o uso de "obrigado eu". Respondi, sem demora, que o considerava incorreto e que, no lugar, um "eu que agradeço', ou um simples (e sincero sorriso já bastariam. Contudo, curioso, visitei a internet e uns livros para saber o que seria correto. Cheguei à terrível conclusão de que o "obrigado eu" é aceitável.

Assim, deixo a decisão do uso para vocês. Aqui vão algumas respostas e seus respectivos endereços para consulta na internet. Usem bem. Um abraço e sucesso.

Professor Ragioto.

Qual a forma correta: "Obrigado Eu" ou "Eu Que Agradeço"?

Publicado em: 24/08/2008 | Comentário: 11 | Acessos: 10,107

CARLOS ROGÉRIO LIMA DA MOTA

Você já notou que o “acerto” quase nunca é propalado com a mesma velocidade que o “erro”? Por que digo isso? Simples! Há poucos meses, sabe-se lá de quem foi a autoria, a frase “OBRIGADO EU” disparou na preferência popular, desbancando até mesmos os já clássicos “Nóis vai” e a “Gente fomos”.


Errar é humano, todavia, cometer o mesmo erro é perigoso, até porque, atrás de cada palavra há um indivíduo detentor de competências, ainda que às vezes, devido à qualidade do ensino público, essas mesmas competências estejam alicerçadas por frágeis conhecimentos. Assim, para os mais escolarizados, erros dessa natureza causam graça, piadinha de mau gosto, expondo os mais desprotegidos culturalmente ao constrangimento, ainda que velado, o que é pior.


Toda forma de discriminação lingüística é abominável, ainda, não se pode julgar a índole de um cidadão só porque ele cometeu uma gafe; mas não é o que acontece. Já tive notícias de que certas empresas de seleção testam justamente o candidato na hora do agradecimento, assim, ao pronunciar o tal “Obrigado EU”, toda sua prova pode ser desconsiderada e o emprego repassado ao candidato seguinte. Isso é crime? Se considerarmos a discriminação vernacular, sim; mas a dificuldade está em se provar essa discriminação, até porque, ela acontece, como já disse, na surdina, dentro de uma sala, trancada a sete chaves.


E aos críticos mais serenos, uma informação extra-oficial: o suposto erro também é cometido por profissionais de carreira, cujo salário os coloca no topo da pirâmide social, diferentemente do que afirma uma pequena parcela de gramáticos adeptos à filosofia do quanto mais pobre, pior.


Quer uma prova? Então vamos lá! Dias desses, em um grande banco estrangeiro de origem espanhola, a gerente, com o sorriso clareado à mostra, apertou minha mão e disse, pasmem, repetidamente: “Obrigado EU!”. Naquele momento, desculpem-me a franqueza, levantei, dei dois passos em direção à escadaria, retornando em seguida. Vendo-me de novo, a gerente perguntou: “Esqueceu algo, senhor Carlos?” Ainda que intimidado, aleguei que sim! Então, revirando os papéis de sua mesa antes mesmo que eu anunciasse o tal “objeto” motivador de meu retorno, perguntou-me: “O que seria? Por acaso o celular, o Rg, o CPF...?”


Com o sorriso tímido estampado à face, pedi para que ela se sentasse, foi quando, após inspirar profundamente, revelei o motivo de meu retorno: “Querida... desculpe-me a sinceridade, mas eu não esqueci nenhum objeto em sua mesa; pelo contrário, esqueci apenas de informá-la de que a expressão “OBRIGADO EU!” é incorreta, porque sendo o EU um pronome pessoal do caso reto, ele não deve aparecer em final de frases, mas apenas no início, em que desempenha o papel para o qual foi criado: praticar uma ação e não recebê-la, como aconteceu no modelo em epígrafe. O mais provável, ainda que estranho à sintaxe portuguesa, seria se utilizar da expressão “Obrigado MIM”, porque este pronome é quem recebe uma ação desencadeada pelo sujeito. Veja um exemplo clássico: “Este lápis é para mim?”


Visivelmente desnorteada, a moça pegou um lenço de papel e passou-o no rosto, limpando o suor, que lhe caía em abundância.. Ao invés dela pedir que eu procurasse minha “turma” – por que saber se é o Eu quem pratica uma ação e não O Mim?, solicitou que eu continuasse.


A expressão considerada mais adequada à situação seria: “EU QUE AGRADEÇO!”, ou simplesmente, remetendo-se às normas gramaticais alcaides, o popular “DE NADA!”


Levantei-me e, antes que ela pudesse dizer algo, fui-me embora; apesar de instruir uma pessoa - papel que me é delegado pelo meu cargo, senti-me constrangido, afinal, o que ela poderia ter pensado de mim? Talvez um excêntrico ou mesmo um tremendo idiota. Já em casa, algumas horas depois, abri o e-mail e, para minha surpresa, havia a seguinte notinha:

“Prezado senhor Carlos Mota, se o senhor não tivesse a coragem de me corrigir, quantos outros “Obrigados EU” eu poderia ter dito, por plena inocência? De certa forma, esse erro poderia pôr em risco o meu próprio cargo no banco, afinal, relaciono-me com clientes de toda natureza e falar errado torna-se um “motim”, em caso de uma suposta concorrência profissional interna. Como retribuição ao seu gesto, faço questão de dizer tantas vezes quanto forem necessárias: “EU QUE AGRADEÇO A SUA SINCERIDADE!”


Bem, amigos, como perceberam, é vivendo que se aprende.

http://www.artigonal.com/cotidiano-artigos/qual-a-forma-correta-obrigado-eu-ou-eu-que-agradeco-534549.html

http://recantodasletras.uol.com.br/teorialiteraria/1079960

Obrigado você / ou obrigado a você?


1)
Sempre é bom rememorar que, para se entender o regime da palavra obrigado, é importante observar o que se quer com ela dizer: a pessoa a quem se presta um favor, ao agradecer, diz que se sente obrigada a retribuí-lo.

2) Bem por isso, não importa a quem é manifestado o agradecimento; o que efetivamente interessa é a pessoa que o manifesta, pois é com ela que tal palavra concorda: assim, se é um homem que fala, diz ele muito obrigado; se mulher,muito obrigada; se vários são os homens, expressando-se, por exemplo, num discurso, por meio de orador, diz-se muito obrigados; se várias as mulheres, muito obrigadas.

3) Exatamente porque, em tais casos, obrigado é uma oração abreviada e significa Eu estou obrigado pelo favor que me fez”, é que, a um obrigado como esse, alguém pode replicar com outra forma abreviada e correta (Obrigado eu), com o exato sentido de Eu é que me sinto obrigado. E daí surgem as variações:

a) –“Obrigada eu” (se do feminino é quem fala);

b) –
“Obrigados nós” (se do masculino plural é quem fala);

c) –
“Obrigadas nós” (se do feminino plural é quem fala).

4) Querem alguns, todavia, que se deva dizer, em tal caso, “obrigado(a) você”, o que estaria sintetizando de modo adequado a oração completa “obrigado(a) estou eu em relação a você”. Tal, entretanto, não é a forma correta, pois, se esse é o sentido que se quer conferir ao texto, quem se sente obrigado continua sendo o “eu”, enquanto “você” há de ser o destinatário do agradecimento. Por isso, indispensável há de ser o emprego da preposição. E, assim, se há de dizer corretamente: “Obrigado(a) a você”.

5) E mais:se se pretender falar “Obrigado você” (ausente a preposição), o único sentido possível será: Você se sente obrigado. E tal conotação está fora de qualquer consideração no presente caso, porque não é o que se quer dizer.

http://www.migalhas.com.br/Gramatigalhas/10,MI7565,41046-Obrigado+voce+++ou+obrigado+a+voce

Como moro no Brasil, sou professor de Português, tenho explicações a acrescentar à consulente Nanci, Brasil, 3/2/00. Segue:

Veja o que diz o Aurélio no verbete "obrigado": Agradecido, grato, reconhecido: Fico-lhe muito obrigado pelo que me fez. [É largamente usado, nesta acepção, em construções elípticas, de certa natureza interjetiva: - Como vai? - Bem, obrigado; - Muito obrigada, meu querido; - Vamos bem, obrigados.]

Mulher diz obrigada; homem, obrigado. Quando o interlocutor fala: - Muito obrigado! O outro responde: "Obrigado, eu!" ou "Obrigado, você!" em vez de dizer: "Por nada!", "De nada!" ou ainda "Não há de quê". Isso está certo?

A expressão "Obrigado, eu!" ainda é explicável, porque ela é uma construção elíptica (resumida) de "Por nada! Obrigado, digo eu", ou seja, obrigado, eu. Se for mulher, obrigada, eu.

Já a expressão "Obrigado, você!" soa como grosseria, pois quem a falou confirma que o outro lhe deve mesmo um favor, isto é, confirma-lhe a obrigação.

"Obrigado(a), eu" é tolerável. "Obrigado(a), você" não deve ser usada.

Hélio Consolaro

http://www.ciberduvidas.com/pergunta.php?id=5401

Língua portuguesa, inculta e bela!

“Obrigado eu”
Tenho ouvido com muita freqüência nos últimos tempos, em respostas a agradecimentos, não mais o cerimonioso “não há de quê” de antigamente, mas o “obrigado eu” ou o “obrigada eu”. Parece estranho, soa diferente porque novidade na língua do povo. Daí muitas perguntas sobre se é correta essa forma de retribuir a um agradecimento.
O termo obrigado é o particípio do verbo “obrigar”, do latim obrigatus –a, particípio de obrigare (ob + ligare = ligado, amarrado, em volta de). Como expressão de agradecimento, é adjetivo, que sempre concorda com o substantivo. Um homem diz obrigado; uma mulher, obrigada. A concordância é sempre com a pessoa que agradece, isto é, do ser que se sente no dever de manifestar gratidão, que assume a obrigação de retribuir.
Não há muita diferença na maneira de "agradecer" nas línguas neolatinas. Os espanhóis dizem “gracias”, como na canção de Violeta Parra, no Brasil magnificamente interpretada por Elis Regina:
“Gracias a la vida, que me ha dado tanto. / Me dio dos luceros, que cuando los abro, / perfecto distingo lo negro del blanco, / y en el alto cielo su fondo estrellado,/y en las multitudes el hombre que yo amo”. Os italianos usam o termo “grazie” (daí o nome próprio Graziela, popularizado por um romance de Lamartine, publicado em 1848), e os franceses empregam o termo “merci”, derivado do latim mercede (recompensa, gratidão). Nossa Senhora das Mercês, mãe de Jesus, a quem socorremos em busca de benefícios celestiais.
A propósito, graça, do latim gracia, significa “mercê”, “benefício”; Ave Maria, gratia plena (cheia de graça), é a saudação do anjo Gabriel a Maria, concebida do Espírito Santo.
A forma de agradecimento usado na língua portuguesa - "obrigado" - nasceu do dever de que quem recebeu alguma coisa, seja favor ou benefício, agradecer, obrigando-se a retribuí-lo. Daí, as respostas de agora: Obrigado/a eu.
Essa pronomelização deve-se, talvez, a um acontecimento artístico: Caetano Veloso e Jorge Mautner, no decorrer de uma turnê divulgando um CD que gravaram (“Gosto de ficar na praia deitado / Com a cabeça no travesseiro de areia / Olhando coxas gostosas por todo lado / Das mais lindas garotas, também das mais feias /
Porque são todas gostosas e sereias /Pro meu olhar de supremo tarado”), estiveram no programa “Altas Horas, de Serginho Groissman, na Globo. Quando terminaram de cantar, foram ovacionados e Serginho repetiu, por várias vezes, sua reverência aos cantores: “obrigado!, obrigado!, obrigado!” Caetano respondeu, em seu nome e no do parceiro Mautner: “Obrigados nós”!”.
E a pronomelização do termo obrigado ingressou no falar corrente da juventude. Hoje já está migrando para o linguajar comum, do dia-a-dia, do povo em geral. Logo será dicionarizada.

Alcides Silva

http://www.jovemsulnews.com.br/user/index.php?origem=colunista&xxx=1&id=501&colunista=Alcides%20Silva